Argentina

Jardim Japonês de Buenos Aires, um charmoso passeio

O Jardim Japonês  de Buenos Aires surpreendeu positivamente. Gostei tanto de lá que fui duas vezes, a primeira em 2007 e a segunda em 2010. Então, como pode notar, foi um lugar que gostei bastante. Sou bem chegado em passeios ao ar livre, e lá é um dos tours mais calmos e relaxantes de Buenos Aires. E se localiza em Palermo, um dos bairros mais arborizados da capital argentina.

Post atualizado em junho de 2016

 

O Jardim Japonês de Buenos Aires foi inaugurado em 1967, em Palermo, por ocasião da visita do presente imperador do Japão, Akihito e sua esposa Michiko.

Jardim Japonês - Buenos Aires

 

Jardim Japonês de Buenos Aires

Eu tiro o chapéu para a cultura japonesa. Eles colocam significado em tudo, já reparou? No Jardim Japonês, por exemplo, todos os elementos buscam o equilíbrio e harmonia. Para isso, eles utilizam uma grande variedade de espécies de plantas. As carpas – que é um verdadeiro ícone do Japão – também está sempre presente. E mais do que isso, toda a decoração é feita de forma minuciosa. Bonito de ver. E claro, todos os detalhes, como as pequenas ilhas, pontes, esculturas estão relacionadas com a cultura japonesa.

 

A entrada é paga, mas tudo que é arrecadado é destinado à manutenção do parque, que é administrado pela Fundação Cultural Argetino-Japonesa. Vale a pena pagar o ingresso porque é realmente um belíssimo parque, um ótimo passeio.

 

Jardim Japonês - Buenos Aires

Fora todo o visual do Jardim Japonês, o lugar ainda possui diversas outras atrações e atividades recreativas – todas de cultura japonesa. Mas a programação não é fixa, mas têm aulas de origami, sumiê (arte típica japonesa), culinária, danças orientais, reflexologia, Bonsai, exposições de Aikido, Shiatsu, desfile Kimonos. Ou seja, tem muita coisa, mas tem que dar uma olhada no site oficial para ver o que está rolando. Mas falando do lado externo mesmo, lá no Jardim Japonês, é possível caminhar pelas pequenas trilhas, admirar as espécies de plantas, árvores, flores. É um local para observar, sentir a atmosfera do ambiente. Perfeito para dar uma quebrada na rotina furiosa de uma viagem de mochilão.

 

Ao longo do Jardim Japonês existem esculturas que representam a cultura japonesa e espaços para meditação. É bem bonito de ver.

 

Jardim Japonês - Buenos Aires

 

No parque há também um edifício que abriga um centro cultural, um restaurante de cozinha japonesa, um viveiro onde você pode comprar plantas (bonsai) e alimentos para os peixes. Além de artesanatos.

 

É um pouco óbvio dizer, mas a imagem e semelhança com os tradicionais jardins japoneses é impressionante. Parece que realmente estamos no Japão – embora eu nunca tenha ido para lá. Um fato curioso é que os primeiros peixes do lago foram trazidos do Japão, isso em 1967. E os visitantes podem alimentar os peixes com as rações do local.

jardim-japones

Os peixes que me perdoem, mas foram as pontes que mais me chamaram a atenção. Elas são verdadeiros símbolos. E claro, existe todo um significado para elas. Grosso modo, ela representa a união dos dois mundos, humana e divina – ela faz a ligação com uma pequena ilha do Jardim Japonês. E esaa ilha é a “Ilha dos Deuses”, que está localizada no centro do parque. Há também uma segunda ponte, chamada de “Ponte de ziguezague” que representa as decisões.

Jardim Japonês - Buenos Aires

 

No Jardim Japonês também está a sede da Fundação argentino-japonesa Cultural, que inclui uma biblioteca com tema japonês. Tem também uma casa de chá tradicional e um restaurante.

 

A atmosfera do Jardim Japonês é realmente 100% oriental. Parece não ter nada fake lá. Iluminação suave, decoração minimalista, ar japonês. Os visitantes podem escolher ficar numas mesinhas com vista para o jardim, onde podem tirar os sapatos e ser levados pelos sentidos.

Nem todo viajante vai gostar do Jardim Japonês. São poucos que gostam de área verde, passeios simples, tours pouco badalados. Normal. Mas considero o passeio muito interessante, principalmente se observar e procurar conhecer os significados. Aliás, não somente no Jardim Japonês, mas quando enxergamos as coisas com propriedade fica muito melhor, não é? Em viagem também é assim. Por isso é legal estudar determinados roteiros. Faz toda a diferença numa trip. Amplia o horizonte e melhora a experiência. Certo? Certo.

 

Rodeado pelos altos edifícios de Buenos Aires, o Jardim Japonês é um reflexo do outro lado do mundo. Um verdadeiro reflexo do Japão.

 

Jardim Japonês - Buenos Aires

O impressionante desse parque é que tudo é muito bem cuidado. Tudo perfeito. E, como em todo ponto turístico, lá também tem uma lojinha de artesanato japonês e de produtos típicos do Japão. Vale a pena conhecer antes de ir embora.

 

Ir para o Jardim Japonês pode ser perfeito em momentos de descanso, como pós-almoço, ou depois de algum passeio puxado. O lugar relaxa, acalma, tranquiliza.

 

Enfim, é um passeio que vale a pena fazer. Todo o tour pode ser feito em uma hora, mas recomendo umas duas horas, tempo legal para contemplação, descanso, relaxamento. E também para tomar um delicioso chá no local.

Então, amigo viajante, a beleza do Jardim Japonês se agiganta por estar em Buenos Aires, a capital mais charmosa da América do Sul. Adicione em seu roteiro, tenho certeza que irá gostar do passeio, principalmente se for acompanhado.

O Jardim Japonês está aberto diariamente das 10h às 18h. (Incluindo sábados, domingos e feriados).

 

Como chegar ao Jardim Japonês

Endereço: Avenida Figueroa Alcorta e Avenida Casares | Bairro: Palermo.

Linhas de ônibus: 5, 37, 59, 60, 67, 93, 95, 102, 108, 118, 128, 130, 141, 160 e 188..
Linha de metro D: Estação Scalabrini Ortiz (caminhada de 8 quarteirões).

Horário: Diariamente das 10 às 18 horas.

Site: Veja o site oficial!

 

Valor do ingresso: A entrada para o Jardim Japonês é de $ 70 (+/- R$ 20,00).

Menor de 12 anos não pagam.

 

Este post te ajudou a clarear as ideias? Espero que sim! 🙂 Se quiser, deixe seu comentário.

 

Fotos: Acervo pessoal e shutterstock.com

Rafael Kosoniscs

Sou jornalista e publicitário, tenho 36 anos e viajo de mochila nas costas há 12 invernos. Tenho a mochilagem e o montanhismo como paixões. Vou publicar meu primeiro livro este ano – e você já está convidado(a) para o lançamento. Fique de olhos nas redes para não perder, ok? Siga: @seumochilao | @rafaelkosoniscs

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